Coleção SUNK

A coleção possui raízes surrealista e punk, com uma vasta pesquisa teórica e imagética.
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O estudo das formas das peças partiu dos conceitos do automatismo surrealista e sua forma espontânea de criar, da pintura onírica e o mundo dos sonhos, da ideia do objeto surreal, misturado com as influências sadomasoquistas da estética punk, sua brutalidade, presente em formas pesadas como nas ombreiras e correntes, na ideia do DIY e o choque visual, típico dos dois movimentos.
A proposta é habitar áreas do corpo pouco exploradas na joalheria, como algumas regiões do rosto, com formas não convencionais.

Muitas das peças possuem volumes e formas que de fato não foram previstas anteriormente, foram realizados apenas esboços, chegando à sua forma final somente depois de experimentações com os materiais utilizados e com a junção de restos de peças descartadas.
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O latão se modifica com o tempo, cria manchas, possui a cor pura sempre em reação com o meio ambiente, com as condições ao seu redor e é nesse processo de constante mudança que consiste a sua beleza.
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Quanto ao material, foi usado o latão puro sem banho, um metal que quando não banhado não é valorizado no meio da joalheria (posteriormente, quando a coleção passou a ser comercializada foram realizados banhos de ouro, ródio e envelhecimento). O latão se modifica com o tempo, cria manchas, possui a cor pura sempre em reação com o meio ambiente, com as condições ao seu redor e é nesse processo de constante mudança que consiste a sua beleza. Além do latão, a prata aparece com efeitos diversos causados por processos de corrosão e impressões em sua superfície. Ao dar o banho de fígado de enxofre, a prata ganha uma cor mais escura e envelhecida, deixando a peça com uma sensação de peso, antiga e “suja”. Além desse processo, o aceleramento de corrosão do latão resulta na cor verde gris, causando novamente a sensação de algo gasto, reutilizado, desvalorizado pela maioria e subversivamente estranho e belo.
Ficha Técnica:
Styling: Júlia Chiaradia
Fotos: Liza Tuli
Beleza: Júlia Chiaradia e Carol Sutillo
Edição vídeo: Felipe Travanca
O latão sempre se recria, sem obrigação de ser “belo”. É como se o seu interior, o seu inconsciente estivesse sempre a mostra, como se fosse um material da rua, menosprezado pela alta sociedade e ressignificado pela cultura suburbana